sábado, 14 de maio de 2011

A pílula e a antiga busca de um anticoncepcional oral

Origem: Apostila do 3° ano de quimíca sobre A pílula


   Em meados do século XX os antibióticos e anti-sépticos eram de uso corrente e haviam reduzido de maneira impressionante as taxas de mortalidade , em particular entre mulheres e crianças. As famílias não mais precisavam ter um enorme número de filhos para ter certeza de que alguns iriam chegar à idade adulta. Enquanto o espectro da perda de filhos para doenças infecciosas  diminuía, crescia a demanda de medidas que limitassem o tamanho da família por meio da contracepção. Em 1960 surgiu uma molécula anticoncepcional que desempenhou papel fundamental  no perfil da sociedade contemporânea.
Estamos nos referindo,é claro, a noretindrona, o primeiro anticoncepcional oral, mais conhecido como a ´´pílula``. Atribui-se a essa molécula o mérito-- ou a culpa, segundo o ponto de vista adotado-- pela revolução sexual da década de 1960, o movimento de libertação das mulheres, a ascensão do feminismo, o aumento da porcentagem de mulheres que trabalham e até a desagregação  da família. Apesar da divergência das opiniões acerca de seus benefícios ou malefícios, essa molécula desempenhou importante papel nas enormes modificações por que passou a sociedade nos 40 anos, aproximadamente, transcorridos desde que a pílula foi criada.                                                                                                                                              Lutas pelo acesso legal à informaçao sobre o controle da natalidade e aos anticoncepcionais, travadas na primeira metade do século XX por reformadores notáveis como Margaret Sanger, nos Estados Unidos, e Marie Stopes, na Grã Bretanha agora nos parecem distantes. Os jovens de hoje muitas vezes não acreditam ao ouvir que, nas primeiras metades do século XX, simplesmente dar informação sobre o controle da natalidade era crime. Mas a necessidade estava claramente presente: as elevadas taxas de mortalidade materno-infantil registradas nas áreas pobres das cidades freqüentemente estavam em correlação com famílias numerosas. As famílias de classe média já usavam os métodos anticoncepcionais disponíveis na época, e as mulheres da classe operária ansiavam pelo acesso ao mesmo tipo de informação e de recursos. Cartas escritas para os defensores do controle de natalidade por mães de famílias numerosas relatavam sua desolação diante de uma gravidez indesejada. Na altura da década de 1930, crescia a aceitação pública do controle da natalidade, muitas vezes designado com a expressão mais aceitável de planejamento familiar. Clínicas e pessoal médico envolviam-se na prescrição de métodos anticoncepcionais, e as leis, pelo menos em alguns lugares, começaram a ser alteradas. Mesmo onde uma legislação restritiva continuava valendo, os processos tornaram-se menos freqüentes, em especial quando as questões ligadas à contracepção eram abordadas de maneira discreta.                                                                                                                                                                                                                                                                                          A antiga busca de um anticoncepcional oral                                                                                                                                                                                                                                                                    Ao longo dos séculos e em todas as culturas, as mulheres ingeriram muitas substâncias na esperança de evitar a concepção. Nenhuma delas realizava esse objetivo, exceto, talvez, quando deixavam a mulher tão doente que ela se tornava incapaz de conceber. Alguns remédios eram bastante simples: infusão de folhas de salsa e menta, ou de folhas ou casca de pilriteiro, hera, salgueiro, goivo, murta ou choupo. Misturas contendo ovos de aranha ou de cobra também eram aconselhadas. Frutas, flores, feijão, caroços de abricó e poções mistas de ervas faziam parte de outras recomendações. Em certa época o mulo teve um papel destacado na contracepção, supostamente por ser o produto estéril do cruzamento de uma égua com um jumento. Dizia-se que a mulher se tornaria estéril se comesse o rim ou o útero de uma mula. Para a esterilidade masculina, a contribuição do animal era menos saborosa -- o homem devia comer os testículos queimados de um mulo castrado. O envenenamento por mercúrio pode ter sido um meio eficaz, para a mulher de assegurar a esterilidade caso ela ingerisse um remédio chinês do século VII à base de azougue (um nome antigo do mercúrio) frito em óleo-- isto é, se o remédio não a matasse primeiro. Soluções de diferentes sais de cobre eram ingeridas como anticoncepcionais na Grécia Antiga e em partes da Europa no século XVIII. Um estranho método medieval recomendava que a mulher cuspisse três vezes na boca de uma rã. A mulher ficaria estéril, não a rã!                                                                                                                                                                                                                                                                                                      Imagens  Origem: Google imagens                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                

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